30 outubro 2006

O Riacho Mágico

categoria: Poesia
Um dia eu passei na beira de um riacho
Foi quando eu vi cinco bailarinas
Dançando em volta de um cisne apaixonado
Pintura de vanguarda; visão perfeita

Não fosse a luz laranja que brilhava contra eles
Do outro lado, a floresta que queimava
Um dragão enorme voava rente às copas
Parecia incontrolável e enfurecido

No alto da montanha a tartaruga observava
Cercada, protegida por seus sete guardiões
Num piscar de olhos o alerta se espalhava
Os lobos são velozes, comunicam os aldeões

Festa, dança e muita comida,
Tudo o que há de bom naquela aldeia
A tranqüilidade de mais de duas décadas
Queimaria com os frutos da colheita

O riacho ficou inquieto, coisa rara
Serpenteava ao redor, adentrava o vale
As pedrinhas saltavam para as margens
Todas iam se amontoando por ali

Eu contava uma a uma,
Boquiaberto com o que via
As pedrinhas foram se juntando,
Tinham forma indefinida

Um raio de sol pra finalizar
A obra do riacho determinado
Daquele monte de pedras eu vi surgir
Um guerreiro formidável

Foram três ataques velozes
E o gigante alado sucumbiu
No peito, as marcas de um ponto fraco
Na aldeia, já abriam o primeiro barril

O riacho se aquietou, e tudo voltou ao normal
As bailarinas já rodopiavam de novo
Em cada pedregulho, um brilho diferente
No meu coração, a lembrança dessa história

Deberg Comenta: Escrevi isso logo que terminei de ler "O Hobbit", mestre Tolkien é sempre referência!

Um comentário:

Daniel Amaro disse...

Boa rapá, mas porque o final não rimou?