Numa noite dessas bem caladas
eu mergulhei num fio de chuva
E as raras palavras eram salvas
Pela via das bocas, da minha e da sua
De um lado pro outro,
do nada pra tudo
Do certo ao errado,
do claro ao escuro
Na mesa de canto um amor absurdo
No sangue a coragem
de um peito inseguro
Fez o que quis,
me guardou o cangote
Coçou o nariz,
ajustou o decote
De leve engolia minha falta de sorte
Rindo do meu desejo
que podia ser forte
Deberg Comenta: Tô no trampo e lá fora o maior pé d'água. Aproveitei pra escrever e esperar a chuva passar.
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